terça-feira, 27 de julho de 2010

Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém


Imagem - ref: http://www.indoviajar.com.br/brasil/sp/itanhaem/pontos-historicos.htm


Ref: Imagem in CD-ROM Benedito Calixto -150 anos,
editado em 2003 pela Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, Santos/SP
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/calixt134.htm


Ref: Imagem in CD-ROM Benedito Calixto -150 anos,
editado em 2003 pela Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, Santos/SP
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/calixt134.htm


Ref: Imagem in CD-ROM Benedito Calixto -150 anos,
editado em 2003 pela Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, Santos/SP
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/calixt134.htm


Ref: Imagem in CD-ROM Benedito Calixto -150 anos,
editado em 2003 pela Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, Santos/SP
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/calixt134.htm

Fundada por Martim Afonso de Souza, em 1532, o povoado de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém consolidou-se como Vila em 1561, ao redor do morro em que se ergueu a ermida em homenagem à padroeira.
A primitiva igreja foi construída por volta de 1553 e serviu de Matriz até o ano de 1639. Foi ofertada à Ordem de S. Francisco de Assis em 1654, que receberam a capela e a casa do vigario construídas de barro e por lá se instalaram durante 45 anos.A Igreja que lá se encontra, atualmente, foi construída pelos franciscanos entre os anos 1699 e 1713.
Até 1752 a penosa subida ao templo era feita por intermédio de uma escada de 83 degraus. A partir dessa data é que foi concebida a ladeira e colocado o cruzeiro no ponto em que ela se inicia.
Em maio de 1833, a igreja e boa parte do convento foi destruído por um incêncio, atribuído ao costume de se espantar morcegos que se instalavam nos obscuros recantos da ermida por intermédio de improvisados archotes. Sem recursos para manter o arruinado conjunto, retiram-se os franciscanos por volta de 1844.
Em 1862, a Irmandande de N. Sra. da Conceição apossa-se dos remanescentes da ermida. Em 1916, assume-a a Mitra Diocesana de São Paulo. Em 1921, é promovida a primeira restauração parcial do conjunto. Em 1940, os franciscanos retomam a posse do convento e executam nova restauração parcial do convento e retiram-se em definitivo 13 anos depois.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Matriz de Nossa Senhora da Candelária – Itu

Matriz de Nossa Senhora da Candelária – Itu - s/a - s/d


Matriz de Nossa Senhora da Candelária – Itu - Aspectos do Interior - mar/2007
Foto: Meliza de Castro - Fonte: http://www.flickr.com/

Matriz de Nossa Senhora da Candelária - Itu - s/a e s/d


Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária – Itu

Inaugurada em 1780, em substituição à antiga capela demolida, sob a mesma invocação, a Matriz de Nossa Senhora da Candelária herda-lhe também a imagem de sua padroeira.
O artífice José Patrício da Silva, autor do forro e do primitivo douramento, trouxe de Santos o auxiliar Jesuíno Francisco de Paula Gusmão, mais conhecido como Frei Jesuíno do Monte Carmelo, que se encarrega de pintar as paredes da capela-mor. Os altares ficaram a cargo do imaginário Guilherme, da Paraíba, que lhes concebeu todo o detalhamento.
O edifício assenta-se sobre grossos baldrames de saibro e pedregulhos apiloados e suas paredes constituem-se do mesmo material, acrescido, internamente, de portentosas peças de madeira. Sua fachada só foi concluída em 1831, arrematada pela torre sineira e pelo adro guarnecido de escadaria.
Ao final do século XIX, o engenheiro-arquiteto Ramos de Azevedo foi incumbido de “modernizar” o seu frontispício, cujo resultado final pode ser ainda hoje observado “in loco”.

Referências 1:
Foto de abertura: sem referências.
Texto: Edna Kamide e Teresa Epitácio. Patrimônio Cultural Paulista: Condephaat, bens tombados 1968-1998. São Paulo: Imprensa Oficial, 1998; p. 101.

Itu: A povoação inicia-se por volta de 1610, ano em que Domingos Fernandes e Cristóvão Dinis, na sesmaria que lhes pertencia, erguem capela em honra a Nossa Senhora da Candelária.
Quarenta e três anos depois, o povoado é reconhecido como freguesia vinculada a Santana de Parnaíba e, m abril do ano seguinte, 1654, foi elevado a vila sob a denominação de Nossa Senhora da Candelária de Itu. A arbitrariedade do ato foi constatada à época, pois o aglomerado ainda não possuía os atributos necessários, o que só viria a ocorrer em 1657.
Inicialmente sua importância devia-se à pousada de bandeiras que percorriam o território paulista procurando explorar o sertão e aprisionar indígenas. Nesse período, ainda, o porto de Araritaguaba (hoje Porto Feliz) junto ao Tietê foi ponto de partida de várias monções em direção à região mineradora de Cuiabá.
Durante o Governo de Morgado de Mateus a vila integra-se ao circuíto do cultivo de cana voltada para a exportação do açúcar. Assim, a vila de Itu torna-se uma das mais ricas e populosas da Capitania de São Paulo, e, conseqüentemente, uma das mais tributadas.
Sua importância como centro produtor de açúcar confirma-se durante todo o Primeiro Império e em boa parte do Segundo, quando a produção de algodão lhe sombreia em importância. O “boom” do ciclo algodoeiro na então Província de São Paulo provoca a instalação no município da primeira fábrica de tecidos movida a vapor, a Fábrica de Tecidos São Luiz – fundada em 1869. Antes disso, porém, Itu receberia foros de cidade no ano de 1842 em virtude de seu acentuado crescimento.
Politicamente, a região sempre desempenhou papel importante, constituindo-se em relevante centro de ideais liberalistas. Por conta disso, em 1873 foi cenário da Convenção Republicana de Itu, que deu origem ao Partido Republicano Paulista (PRP); agremiação que teve fundamental atuação na derrocada do Império.
A palavra Itu provém do tupi-guarani (ytu), composta de y, “água ou rio” e tu “a queda d’água ou cachoeira”.

Referências 2:
Texto e dados abaixo:São Paulo (Estado) Secretaria de Economia e Planejamento/SEADE e Secretaria de Estado da Cultura. Guia Cultural do Estado de São Paulo - Minicípios de D a L. São Paulo: SEADE, 2001; p. 446 e 447.
Itu: Localiza-se na porção sudeste do Estado - Região Administrativa de Sorocaba; área: 642 km2; altitude: 580 m; distância da Capital: 103 km; população em 2000: 135.000 hab.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Matriz do Bom Jesus de Cana Verde - Batatais - 3

A Arquitetura da Matriz do Bom Jesus de Cana Verde

Em 1928, sob projeto e direção do arquiteto Julio Latini, iniciam-se as obras da Matriz de Batatais. Para tanto, Latini incumbe o engenheiro-arquiteto Carlos Zamboni de executar as obras. No decorrer do tempo, Latini retira-se do comando dos trabalhos, deixando-o inteiramente à cargo de Zamboni.
A construção, iniciada pela parte dos fundos com a construção da torre do relógio e envolvendo a Igreja Velha, esteve sob a direção de Latini. As demais partes, sob a chefia e a nova orientação de Zamboni sofreram notáveis modificações em relação aos planos iniciais. Latini preocupara-se com maior rigor sobre a qualidade e a quantidade dos detalhes e da ornamentação. Seu sucessor promoveu evidente simplificação o que confere ao restante da obra um aspecto mais sóbrio em relação ao anterior. Por outro lado, em compensação, Zamboni aplica vitrais muito mais rebuscados em termos de desenho e decoração.
Zamboni, natural de Brescia, Itália, procura imprimir ao templo de Batatais aspectos bastante similares aos do “Duomo Nuovo” de sua cidade natal, obra em que se baseia para concluir a Matriz de Batatais.
Em relação aos vitrais, são de autoria de Conrrado Sorgenicht II, filho e neto de eminentes vitralistas alemães que se instalaram em São Paulo, por volta de 1875, e que projetaram e executaram as mais importantes obras do gênero no Estado; tanto em edifícios religiosos quanto em prédios oficiais e residências finas.
Na Matriz do Bom Jesus de Cana Verde, o conjunto de vitrais constitue-se de um acervo de 48 peças de grandes dimensões. Destas, destacam-se as que se encontram instaladas em doze janelas da nave da matriz. Nelas, Conrado colocou os 12 apóstolos, em desenhos de delicada simplicidade, procurando armonizar-se com os trabalhos de Portinari. Nas duas janelas do presbitério, onde é representada a Ascensão do Senhor Bom Jesus da Cana Verde e a Assunção de Maria Santíssima, também encontram-se instaladas dois artefatos de Conrado, assim como o mural, em mosaico de vidro, onde está o Padroeiro Bom Jesus da Cana Verde e a mesa de comunhão, que ele também decorou.
Obra concluída em 1953, a matriz de Batatais, enquanto exemplar de arquitetura eclética, tardia, vincula-se aos padrões formais do estilo que se convencionou denominar de neoclássico. Evidentemente, sua concepção calcou-se nos cânones da arquitetura clássica, postulados nos tratados de composição de Vitrúvio. Retomados durante o renascimento, a obra do arquiteto romano escrita durante o século I a.C., enseja a constituição de novos tratados de arquitetura como os de de Vignola (Giacomo Barozzi da Vignola - Regola delli cinque ordini d’architettura di M. Iacomo Barozzi da Vignola - 1562) e os de Palladio (Andrea Palladio, I quatto libri dell’architettura - 1570), por exemplos.
Tais modelos foram muito popularizados a partir de meados do século XIX, quando publicou-se "O Vinhola dos proprietários, ou as cinco ordens da arquitectura de J. Barrozio de Vinhola", em 1853, de autoria de Alexandre Moisy (1763-1832). Tratava-se da edição um manual prático, reduzido de "As Cinco Ordens"de Vignola, acompanhado de um apêndice de Thiollet Filho que tratava de carpintaria, marcenaria e serralheria, com ampla circulação entre arquitetos, engenheiros e, principalmente, entre empreiteiros e mestres-de-obras.


Duomo Nuovo de Brescia - fonte: http://www.bresciainvetrina.it/bresciaarte/duomovecchio.htm

Matriz Bom Jesus de Cana Verde - Batatais - 2

Matriz de Batatais - 2007

fonte: Jornal "A Cidade" edição de 25/08/2007 - http://www.jornalacidade.com.br/



Turma do Ginásio Vocacional "Candido Portinari" de Batatais defronte uma das laterais da Matriz - década de 1960


quarta-feira, 28 de maio de 2008

Igreja Matriz Bom Jesus de Cana Verde - Batatais

Paróquia de Bom Jesus de Cana Verde: seu projeto foi iniciado em 1928, sob a incumbência do arquiteto italiano Júlio Latini em estilo neo-clássico, que contratou o engenheiro e arquiteto italiano Carlos Zamboni para execução da obra. Foi concluída em 1953, e no seu interior podemos encontrar grande números de pintura de Portinari.
Os vitrais da Igreja são de autoria de Conrado Sorgenicht Filho, constituindo-se de 48 vitrais de grande dimensão com refinada técnica na distribuição de cores.
O destaque especial é o altar-mor, referência em iconografia do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, pintada por Cândido Portinari - autor do acervo de 21 telas que ornamentam o seu interior - cujo conjunto da Via Sacra, composta de 14 quadros é tombado desde 1974.
A Igreja Matriz encontra-se em processo de tombamento pelo CONDEPHAAT.
Referências 1:
Endereço: Praça Cônego Joaquim Alves
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turistica de Batatais -http://www.batatais.sp.gov.br/pontos.asp
Foto: Fúlvio B. P. Machado - fotógrafo - Piracicaba/SP
Batatais: Ao final do século XVI, Afonso Sardinha e seu filho, João do Prado, alcançaram as margens do atual Rio Grande, região habitada pelos índios Caiapós. A paragem passou a ser povoada em função do acesso à região de mineração, em Goiás. Em 1728, a sesmaria de Batatais foi entregue a Pedro da Rocha Pimentel. O povoado já possuia capela por volta de 1814. No ano seguinte, foi promovida à condição de freguesia sob a denominação de Senhor Bom Jesus das Batatais. Em 1839, cria-se a vila de Batatais e é aforada como cidade em 1875.
Referências 2:
Texto e dados abaixo:São Paulo (Estado) Secretaria de Economia e Planejamento/SEADE e Secretaria de Estado da Cultura. Guia Cultural do Estado de São Paulo - Minicípios de A a C. São Paulo: SEADE, 2001; p.265 e 266.
Batatais: Localiza-se na porção nordeste do Estado - Região Administrativa de Franca; área: 838 km2; altitude: 860 m; distância da Capital: 353 km; população em 2000: 50.250 hab.